Ser mãe sempre fez parte de todos os planos da minha vida. Umas vez mais presente que outras, mas a vontade e até mesmo a necessidade esteve sempre lá.
O texto abaixo foi escrito em Fevereiro, no âmbito do Campeonato de Escrita Criativa de Pedro Chagas Freitas, que participei. Ironicamente (ou não) escrevi sobre este tema que, parece-me, fazer todo o sentido ser partilhado agora!
Fere-me o medo.
Amanhã poderá ser uma utopia, mas por que
motivo temo-lo, então, como dado adquirido?
Acreditamos (ainda que saibamos
conscientemente que não) viver para sempre!
05 de Fevereiro de 2008
Fere-me profundamente o medo de não te olhar
ou de não te ouvir dizer que gostas de mim.
As entranhas revoltam-se e agonizam quando
penso que não irá acontecer, que tudo não passou de um sonho que foi sendo
adiado.
Revolta-me, por mais que me envergonhe ter
tais pensamentos, essa forma de felicidade estampada nos rostos dos outros,
sendo que a minha tarda em chegar!
Carta ao Sol da minha vida
“Quando te quis pela primeira vez não tive
medo! Tive uma vontade absurda conjugada com uma irresponsabilidade própria da
idade! Nada mais interessava a não seres tu!
A vida encarregou-se de não ser muito gentil
comigo, e tu...? Bom, tu voltaste para o patamar dos sonhos, aquele cantinho do
coração onde ficam os amores incondicionais e adiados.
O meu mundo desabou vezes sem conta, e a ideia
de puder abraçar-te e aconchegar-te no meu colo estava cada vez mais longe, e
isso magoava-me, feria-me, amedrontava-me! Mas não desisti de ti! Nunca!
Jamais!"
26 de Junho de 2016
Hoje o meu medo é tão diferente meu amor,
ainda me fere, e como fere! Mas quero que saibas que o amor supera sempre o
medo, e só tem medo quem tem dez vezes a mesma medida em coragem! Se tiveres
medo um dia, sorri, significa que estás no caminho certo!
- "Mamã, mãezinha, ajuda-me! Caí e magoei o
joelho! Dói mãe!!"
(O amor e o medo, em medidas carinhosamente
exageradas, nunca estiveram tão bem representados).
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