Sim, este é também o título de um filme que vi em tempos e que me fez todo o sentido do mundo. E se fez nessa época, agora então...
A história de 4 mulheres que engravidam na mesma altura e a absoluta diferença de experiências, sentimentos, predisposições, expectativas e desilusões que cada uma tem ou desenvolve.
É este o mote para um filme que tão depressa nos leva às mais rasgadas gargalhadas como às mais sentidas lágrimas, o que, no fim de tudo, é o desenho perfeito da gravidez!
Antes de engravidarmos julgamos saber tudo, temos as teorias todas, ouvimos as experiências dos mais velhos ou de quem já passou por este estado de graça e imaginamos que connosco vai ser mais ou menos da mesma forma.
Com o passar dos anos e a experiência adquirida, vamos formando as nossas opiniões e passamos a gritar bem alto, tais experts na matéria: "vou fazer isto de certezinha"... "mas aquilo e o outro comigo não vão acontecer"!
E, possivelmente, quem já passou pela coisa, olha-nos de cima a baixo, põe um sorriso de paisagem e pensa: "é sorrir e acenar, rapazes; sorrir e acenar" (sim, hoje deu-me para as referências cinematográficas)! Coitada, sabe de nada a inocente!
E é assim mesmo!
Sabemos, desde sempre, que queremos ser mães, mas quando o teste dá positivo, a mistura de sensações que nos atravessa o corpo é avassaladora!
Choramos, rimos, rimos e choramos. Estão reunidas as condições para as hormonas começarem aos saltos!
A verdade é que não, não fazíamos ideia ao que íamos!
Queríamos muito uma menina, mas achamos que vamos ter um rapaz! Depois ponderamos que é um rapaz durante 4 ou 5 meses e quando o médico nos diz que é rapariga já não sabemos se devemos ficar entusiasmadas ou desiludidas!
As primeiras noites não dormimos e associamos o descontrolo às ditas hormonas, quando no fundo, estamos borradinhas de medo de tudo! De sermos capazes, de saber o que fazer com o bebé que ai vem, se vamos ser bons pais, se vamos ser capazes de cumprir tudo o que gostaríamos de cumprir na educação deles, se vamos sempre ter estabilidade económica para os sustentar e educar!
Fazemos contas a tudo e listas de tudo e mais alguma coisa!
A mãe mais recente que conhecemos comprou todo o arsenal para o quarto do bebé e nós só ainda tínhamos pensado no berço e já isso não estava mau de todo!
Começamos a comprar roupa nova devido à pança que se forma e pensamos que para nós já chega de gastos, quando nos perguntam: "e a camisa de dormir para o hospital, já compraste? e os soutiens de amamentação? e os discos, é melhor teres também! Ah e as cuecas descartáveis do Jumbo são as melhores, são elásticas e de rede!" WHAT???? Camisa de dormir?? Cuecas quê???
No meio da camisa de dormir gigante, das cuecas descartáveis, dos pensos XXL, das olheiras e do andar novo, só nos passa uma coisa pela cabeça (pela minha, pelo menos): que me valha o cabelinho aos caracóis, lindo e cheio de volume!!
Mas no meio deste inevitável desassossego eis que surge a nossa nova silhueta ao espelho e as festas infinitas na barriga, desenrolam-se as conversas com o nosso rebento como se ele já ali estivesse ao nosso lado e a olhar para nós com o sorriso mais maravilhoso deste mundo e aumenta, de dia para dia, a curiosidade de conhecê-lo!
Vem o desejo de comprar tudo o que são roupinhas pequeninas e fofinhas e colocá-las por cima da nossa barriga, chegam as primeiras botinhas e imaginamos os seus pézinhos lá dentro, olhamos para o gorrinho e perguntamos se será cabeludo ou um nenuco!
Vem tudo isto, e tudo isto é tão bom!
No filme, há quem tenha adorado a gravidez, há quem a tenha detestado; há quem tenha tido um parto horrível e há quem tenha dado à luz com a ajuda de um espirro; há quem tenha passado 9 meses em cima de saltos altos e há quem não tenha conseguido calçar mais nada a não ser havaianas!
Há quem se tenha sentido uma princesa e há quem se sinta sem um pingo de brilho!
Há isto tudo; há o que nos torna diferentes, há o que nos torna únicas e há aquilo que nos une a todas, sermos mães!
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