segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Uma grávida quer-se mimada!

Mimos, mimos e mais mimos! Porque uma grávida mimada é uma grávida feliz!
Sempre achei, ainda antes de estar grávida, que iria "aproveitar" este estado de graça para descansar, mimar-me e não ter horários e, felizmente, assim foi.
Tive a sorte de conseguir vir para casa algum tempo antes da data prevista do parto, de forma a preparar-me para todo o frenesim à volta da chegada do bebé, mas também para curtir o tempo exclusivamente nosso, a barriga, os pontapés e a ligação única entre mãe e filho/a, e posso dizer que foi muito, muito bom!

Chegadas as 38 semanas, chegou também o expoente máximo da minha dependência perante os outros, nomeadamente do marido!
Ora, sucede que, para além de me sentir uma porquita inchada como quem é picada por 100 abelhas ao mesmo tempo, ainda tenho que pedir-lhe ajuda para as mais básicas tarefas:
- Cortar as unhas dos pés (bola de basketball entre os membros superiores e inferiores impossibilita a tarefa)
- Calçar-me (idem, aspas)
- Vestir/calçar as collants/meias (idem, aspas)
- Lavar as pernas e os pés (idem, aspas)
- Despir as blusas (p#%$ que pariu de dores nas articulações dos ombros)
- Puxar os lençóis para cima (p#%$ que pariu de dores nas articulações das mãos)

As dores tornaram-se bastante incomodas e como tal decidi procurar um sítio onde fizessem massagens a grávidas, foi-me dado um contacto de uma senhora que, por todos os motivos, tenho que vos falar.
A Anabela Sebastião é de Cascais, vive no Algarve há 15 anos, tem uma voz de contadora de histórias e umas mãos de fada! Como se não bastasse, a massagem pode ser feita ao domicílio (que foi o meu caso), dura aproximadamente 2 horas e o preço é a cereja no topo do bolo!
Este foi o mimo que me tirou 20kg de cima (se é que isso é possível...)

Outro grande mimo que tenho a sorte de ter sempre presente na minha vida é o amor dos amigos! Aqueles que são, efectivamente, a família que escolhemos!
Esta família organizou e preparou o mais lindo BabyShower, fez do longe, perto, riu, sorriu, emocionou-se e fez-me sentir o verdadeiro significado da palavra "amigo" ao demonstrar todo o amor, carinho e dedicação que têm por esta pessoinha que ainda nem nasceu!
Ora vejam se não tenho razão ( e eu nem gostava destas coisas pah!!)






As abelhinhas da foto acima, foram o "recuerdo" para os convidados do Chá de Bebé, ao estilo lembrança de casamento (este meu pessoal não brinca em serviço, quando faz é à séria!) e pode ser encontrado, entre tantos outros, através da página do facebook https://www.facebook.com/Prima-handmade-119454731771568/
Espreitem!

The last but not the least foi a minha sessão fotográfica de gravidez. 
A fotografia é uma paixão antiga e tanto gosto de captar os momentos, como de ser parte integrante dos mesmos, dessa forma a sessão fotográfica, tal como o local onde iria acontecer já estavam decididos ainda o bebé não tinha sido concebido!
No meu caso, tive a sorte de conseguir encontrar um fotografo que, em poucas palavras, conseguiu perceber aquilo que eu pretendia e para que universo queria ser transportada quando recordasse, uma e outra vez, os registos da minha gravidez.
O Luís Jorge Fotografia (https://www.facebook.com/Luisjorgefotografia/) é de Faro, era farmacêutico e há cerca de oito anos desistiu dessa profissão para se dedicar em exclusivo à fotografia. Quanto a mim, foi uma excelente decisão!
Digam-me, por favor, estou ou não certa?




Este será, possivelmente, o meu último artigo até à chegada do bebé. Nesse sentido, quis agradecer publicamente a todas as pessoas envolvidas nos mimos prestados à minha pessoa e ao meu bebé durante estes últimos dias.
Parece uma despedida, mas não é! Se já tinha aventuras para contar, daqui para a frente então, não há peripécia que me segure!
Este foi, somente, o fechar de um capítulo, até agora, o mais bonito da minha vida!
Obrigada por estarem desse lado :)













quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Ai a malandra da Segurança Social

Parece que a Segurança Social tem uma quebra cerebral qualquer quando entramos de baixa, ou seja, os papéis são entregues dentro do prazo previsto mas esta querida precisa ter a certeza que a Entidade Patronal não nos paga naquele mês...na na na! Não vá o pagamento ser feito em duplicado e ninguém dar conta! Porque eles nem costumam fazer isso! Não!! Nunca se enganam nos abonos, nos subsídios, nas contas;  nunca pediram a ninguém que devolva dinheiro, com jeitinho alguns 5 anos depois com tempo para a coisa prescrever, porque se enganaram! 
Não! Isto sonhamos todos nós, porque N U N C A tais coisas aconteceram!
Vai dai, e decidem não pagar! 
Deixa lá ter a certeza que fica um mês sem receber e no mês seguinte, ou seja, dois meses após a entrada da baixa, logo fazemos o acerto das faltas de pagamento - pensam estas mentes iluminadas!
Ora bem, tendo em conta esta decisão da Segurança Social em que nós, beneficiários, não somos tidos nem achados, julgo ser importante esclarecer junto das entidades responsáveis pelas nossas despesas o porquê de não existirem pagamentos durante um mês, isto digo eu, que sempre fui uma rapariga certa de contas:

Exmos Senhores da
Meo, Câmara Municipal de Lagos, EDP, BPI, Montepio, Vodafone, Galp Gás, Repsol, Pingo Doce e Continente,

O meu nome é Susana Correia, tenho 32 anos e estou grávida de oito meses.
Nos últimos anos a minha conduta perante as vossas entidades foi sempre exemplar e o pagamento das minhas contas foi sempre assegurado, sem quaisquer falhas e dentro dos prazos previstos!
Contei sempre convosco para fazer face às minhas mais básicas necessidades, como comer, bem como alguns luxos, tais como água quente para um banho ou gasolina para pôr no carro!
Bem sei que estamos no sec. XXI e que tais bens não deveriam ser considerados desta forma, mas, convínhamos, que ao preço que eles são vendidos têm que entrar nesta categoria! Ao fim e ao cabo não tomo banho de água fria porque não quero, e não ando a pé porque não me convém! Logo, vocês acabam por ter alguma razão quando cobram 1.51€ por litro de gasolina!
Dessa forma, uma vez mais e não querendo desviar-me do assunto, gostaria de vos agradecer por fazerem parte da minha vida! Ter todas estas dividas e despesas faz-me sentir uma pessoa integrada na sociedade e com um tecto para viver, e isso, isso sim meus senhores, é um luxo!
Pois bem, face ao exposto acima a minha comunicação prende-se com o seguinte:
A segurança social decidiu, sem qualquer consulta da minha parte, não proceder ao pagamento do meu primeiro mês de baixa; apesar de ser uma beneficiária que desconta desde os 16 anos de idade, nunca ter estado de baixa, nem nunca ter necessitado do subsidio de desemprego, estes senhores decidiram, do alto dos seus cargos, não pagar! Porque, pensado bem, quem é que precisa de receber todos os meses?!
Não sei qual o motivo que os levou a tomar tal decisão mas tendo em conta que durante um mês não vou ter liquidez para fazer negócios convosco e apelando à nossa relação fornecedor-cliente, de tantos anos, venho por este meio esclarecer que só irei pagar as minhas despesas, dividas e prestações num prazo de dois meses. 
Aquelas que me caem directamente na conta, agradecia que ficassem congeladas este mês, para não termos chatices com facturas a voltarem para trás e comunicações desnecessárias ao meu banco, relativamente às outras, como comida, gasolina, etc, agradecia que criassem uma linha de crédito, assim do género fiado, que em tempos passados tanta gente ajudou!
Garanto que tudo será pago assim que a Segurança Social decidir pagar-me também! Não há aqui qualquer esquema ou tramóia, simplesmente a falta do dinheiro que me é devido!
Desta forma o assunto fica esclarecido e todos sabem com o que contar!
Agradeço que não sejam cobrados quaisquer juros para este período de divida, uma vez que a Segurança Social também não me irá pagar qualquer compensação por ter estado um mês sem receber.
Não queria, de forma alguma, colocar-vos nesta situação, mas as circunstâncias assim o ditam!
Certa que irão compreender a minha situação, despeço-me com esperança de receber uma resposta positiva ao apresentado acima.
Como se diz na minha terra, uma mão lava a outra, hoje eu, amanhã vocês!

Cumprimentos,
Susana Correia 



 














terça-feira, 24 de outubro de 2017

O tempo perguntou ao tempo...

...quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu ao tempo, que o tempo tem tanto tempo, quanto tempo o tempo tem!

E o tempo passou! E de que forma... passou a uma velocidade estonteante como nunca antes havia passado!
De repente acabou o Verão...
De repente fala-se em consultas no Hospital...
De repente iniciam-se as aulas de preparação para o parto...
De repente as roupinhas começam a ser lavadas...
De repente a mala está feita...
De repente fazem-se as compras finais...
De repente chegamos aos oito meses!

Passamos pelas dúvidas, pelas questões, pela descontracção própria da ingenuidade de quem não sabe ao que vai e que ainda está a aprender a gerir as emoções, para dar lugar à curiosidade, à serenidade e a alguma ansiedade!

Contornamos, de forma tranquila, as sentenças duras ou infundadas mas tidas como verdades absolutas, perpetuadas pela experiência inquestionável de quem as defende!

Decidimos que não queremos epidural, levando com o revirar de olhos de quem acha que está na presença de um Ser de outro planeta que não sabe do que fala!

Equacionamos não amamentar se isso se transformar num martírio para nós colocando em causa a nossa sanidade mental, sabendo que, por isso mesmo, já estamos a ser más mães aos olhos de quem sofreu horrores com o processo mas que o fez porque sim, porque é o melhor para o bebé, porque faz parte ou porque não quis ir contra a opinião em jeito de seita, da mãe, da avó, da tia, da prima, do periquito ou da vizinha do primo da cunhada...

Descobrimos que a dilatação ocorre através da libertação de ocitocina e que nada melhor que fazer amor ou ter um orgasmo para que isso aconteça! Levamos novamente com o revirar de olhos, mãos na boca reprovadoras e sorrimos.

Chegamos à conclusão que a gravidez é nossa e só nós, pais, mandamos nela, mesmo quando temos 3500 pessoas a opinar sobre o assunto!
Aprendemos a filtrar informação e não aceitar tudo aquilo que nos vendem porque, especialmente, acreditamos que quem o faz, fá-lo com a melhor das intenções!

Podemos afirmar que chegamos à primeira fase da aprendizagem de ser mãe, e que saber pensar pela própria cabeça é a melhor forma de amor e compreensão que temos para connosco e que, futuramente, iremos ter para com os nossos rebentos!

O tempo passou! E as nossas gargalhadas surgem acompanhadas de uma lágrima envergonhada cada vez que o nosso bebé se mexe dentro de nós, de cada vez que interage connosco, de cada vez que reage à nossa voz! 
De cada vez que sabemos estar mais próximas de o ter nos braços. 

O tempo passou! E não demos conta porque estivemos ocupadas a aprender a ser outra pessoa, aquela que seremos para o resto da vida: mãe!



sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Ecografias Emocionais (ou não!)

Era uma vez uma grávida.
Certo dia a grávida recebeu um convite para fazer uma ecografia 4D, de 5 minutos, gratuita!
Como todas as grávidas, ficou excitadíssima com a possibilidade de ver a carinha do seu bebé e inscreveu-se de imediato.
Ao chegar ao sítio, foi encaminhada para uma salinha onde estaria uma rapariga (Enfermeira? Médica? Técnica?) para recebê-la.
A dita rapariga começou a falar muito rapidamente e a explicar como funcionavam as Eco 4D e a diferença entre estas e as 3D e…pouco mais a grávida se lembra, tendo em conta a velocidade, tipo leilão de mercado, que a rapariga falava.
O conto de fadas acabou assim que no meio desta viagem vertiginosa se falou em promoções, 50% desconto, pacotes de ecografias e coisas que nos toldam o cérebro e nos ativam o chip da luxúria!

Não me lembro de muito mais, parece que estas pessoas/empresas têm o dom ( e se calhar têm) de nos anestesiar com aquilo que têm para vender! É que, lá está, cheguei à conclusão que a rapariga por identificar, era, afinal, vendedora! Quando dei por mim já tinha sacado do cartão de crédito para pagar a eco 4D com 50% de desconto. Ainda nem tinha feito aquela que ali me propus, mas já tinha pago outra. Na hora. Ali. De imediato. Porque não havia possibilidade de pagar depois, uma vez que a campanha era naquele dia!
Começamos a ecografia emocional (como lhe chamam) e a rapariga só dizia que o bebé ainda era muito pequenino e que não dava para ver nada!
Olha porra, e não sabem dizer isso antes?? Eu sei que foi de borla (quer-se dizer, mais ou menos, vá!) mas se fosse melhor fazer mais tarde, era simpático se tivessem dito, não?!
A eco acabou (5 min né??) e não vimos coisa nenhuma!
Saímos de lá desiludidos e com menos 75€ na conta.
Ahh, mas calma! Saímos, mas não foi para ir para casa, é que noutra sala já estava outra rapariga (Enfermeira? Médica? Técnica?) para nos dar uma palavrinha sobre células estaminais.
Uma palavrinha durou uns 30/45 min. em que nos fizeram sentir, de forma subtil, as piores pessoas do mundo por não optarmos pela preservação das células!
E que previne aqui e previne ali, e mais de não sei quantas doenças, bla bla bla!
Ou seja, cada um faz o que quer, mas honestamente, uma decisão destas, em que estão em causa 1500.00€, tomamos ali? Em 15 minutos? Sem pensar? Sem ponderar? Conversar?
Ah mamã, mas a campanha é só hoje! Repetiu a vendedora (sim!) vezes sem conta!
E tem este desconto, e esta oferta, e mais aquela, e mais a outra!
Depois da palestra dada, resolvemos ir embora, independentemente da nossa decisão, nunca seria tomada desta forma! Afinal, quem é que não gosta deste tipo de pressão?! Fantástico!
Estávamos já à porta da farmácia para ir embora, quando vem de lá outra vendedora (sim!) e diz: estamos em campanha com os produtos "xpto" para o bebé, não querem aproveitar?

NÃO!
Porra! Mas eu vim à farmácia ou à feira??!!


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Sexo

Não, não é o do bebé, continuamos a aguardar a chegada do nosso “feijanite” para saber!

O outro sexo, aquele que, perdoem-me as mentes púdicas, fazemos por prazer, amor, procriação, descompressão, satisfação, desejo, vontade e por aí adiante!
Uns preferem ao Domingo, outros todos os dias; uns gostam de fazer tudo, outros chamam-lhe pecado; uns têm a mente aberta para a busca dessa satisfação, outros só gostam de uma posição! Seja como for, o resultado final é sempre o mesmo: prazer!

E esta é a história do sexo na gravidez, do género cómico ou trágico, conforme o ponto de vista e nível de sarcasmo de quem a lê!

Primeiros 3 meses:
Diálogo (conflito) interno da grávida:

- Aii! Se calhar não me apetece muito, sei lá, tenho medo de fazer alguma coisa mal…
- Epah! Então mas que conversa é esta?! Eu sei bem que não faço mal nenhum, já li tanta coisa sobre isso!! Bora lá então!
- Hmmm tenho um bebé a crescer dentro de mim…mas ainda estou super sexy e cheia de sex-appeal! Uhh vou aqui fazer um strip para apimentar a coisa! 
- Ahhh o bebé continua dentro de mim, e a crescer!
- Epah dou aqui uma volta de 180º à maluca, ainda me esbardalho de cima dos saltos! Mas ainda estou super bem…
- Ah se cair de cima dos saltos é capaz de não ser muito bom para o bebé! Bom, cago-me nisto! Vou-me descalçar!
- Deito-me aqui de lado na cama que nem parece que tenho barriga! Uhhh!! Sexy!!
- Aiiiii que xixi!!!

 Não, não estamos à vontade! Temos um Ser a crescer dentro de nós, há todo um novo mundo a desenvolver-se! Há uma balança muito pouco equilibrada entre o sex-appeal da mulher, o sentir-se e fazer-se sentir desejada e o novíssimo universo de ser mãe! É difícil conjugar os dois sem que entrem em conflito! Se pensava nisto antes? Não! Se achava que fazia sentido? Não! Se alguma vez achei que me iria incomodar? Não! Que é real? Sim, para mim foi!
E não, não tem nada a ver com o nosso parceiro, tem a ver connosco e com as mudanças hormonais que o nosso corpo está a sofrer, aliás, o que é o desejo sexual inicial senão um impulso hormonal?

 
Dos 4 aos 7 meses: “Aproveite agora, o seu desejo vai ser cada vez maior uma vez que todas as veias e terminações nervosas estão muito mais dilatadas, mas a barriga ainda não está grande o suficiente para incomodar” – dizem todos os livros, panfletos e brochuras sobre as diferentes fases da gravidez.
Diálogo (conflito) interno da grávida:

- C’a ganda pança que já tenho! Mas uma pessoa tem vida à mesma! Agora apetece mais, as terminações nervosas estão ao rubro, as veias dilata…Dizem…!
- Awwwww!! Que giro! O bebé mexeu-se!!
- Bom, esta cena agora das posições é lixada! Vamos lá tentar por baixo!
Ahhhhh!!! Estás a esborrachar-me a barriga!!!!
 Xixiiiiiiii!!!!!!!
- De lado: O homem agora agarra-se onde?? À barriga??!! Ao ossinho da bacia?! Com algum equilíbrio isto vai lá!
- Awwww!! O bebé está a mexer-se, outra vez...que cena…agora é um bocado estranho! Que timing!
- Ah vou mas é comandar o barco, mando-lhe um salto pra cima e isto assim já deve ir melhor!
Upps o barco está prestes a naufragar por excesso de carga! Isto antes não era tão difícil! Porra, estou cansada!
- Ohh!! Lá está a mexer-se outra vez!
- Naaa, isto assim também não está a dar! De gatas se calhar dá melhor!
Uiii! Gases! Gases! Gases! Espectacular! O ambiente agora fica que é um mimo!

8º e 9º mês:

Diálogo (conflito) interno da grávida:
- Fazer amor? AHAAHAAHAHA
- Dobrar-me? AHAAHHAHAA
- Levantar-me? AAHAHAHAH
- Olha a pontinha dos meus pés ali!! Uiii parecem uns porquinhos gordos!!


Há vontade, há! Mais do que havia antes? Sim! É muito bom? Não! Precisamos disso na gravidez? Sem dúvida! Podemos pular a fase inicial e ir diretamente para o objetivo final? Parece-me uma excelente ideia!
Se isto me incomoda? Não!
Precisamos ter a capacidade de conseguir conversar com os nossos parceiros e compreender as dificuldades que ambos estamos a sentir! Sim, isto não se aplica só a nós! Eles também sentem as nossas diferenças, mudanças e receios! Por isso mesmo, estes assuntos devem ser falados com a seriedade e descontração que merecem! É uma fase! Mas uma das mais bonitas da história do casal! Vai passar, não dura a vida toda, mas se tudo correr bem, o vosso amor sim!

Conversem, partilhem ideias, riam juntos, riam um do outro; pois quando forem velhinhos e a chama tiver diminuído, terão já aprendido a fazer amor com as palavras e a sentir desejo só com o olhar!
 
 
 
 

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Amor Próprio


Nem sempre gostei do meu cabelo!
Não sabia o que lhe fazer, não tinha caracóis, mas também não era liso; não acertei nas cabeleireiras e passei boa parte da minha adolescência com ele amarrado por não saber o que lhe fazer, o que, também não foi a melhor solução, pois as patilhas enormes que sempre tive, ficavam estupidamente evidenciadas, complicando, ainda mais, a temática dos penteados.

Nem sempre gostei dos meus olhos!
Eram tão diferentes um do outro que apesar de não ser estrábica, dava a sensação que tinha um mais fechado que outro devido à diferença das “dobras” das pálpebras! Fotografias tipo passe eram a loucura!

Nem sempre gostei das minhas sobrancelhas!
Não tinha uma monocelha, mas quase! Eram tão, mas tão grossas que se fosse hoje (na altura não tinha essa capacidade) chamar-lhes-ia “tapetinhos”!

Nem sempre gostei das minhas orelhas!
Eram grandes! E voltando ao penteado de cabelo amarrado, a modos que, realçar esta parte também não abonava muito a meu favor!

Nem sempre gostei do meu nariz!
Era largo! Esborrachado e arrebitado! E de tantas vezes o esfregar quando estava constipada, fez com que durante um largo período tivesse um risco mesmo ao meio, na horizontal!

Nem sempre gostei dos meus braços e pernas!
Eram peludos! Muito peludos! Demasiado peludos! Nenhuma das raparigas que conhecia era tão peluda quanto eu, e isso, para além de me entristecer, irritava-me profundamente!

Nem sempre gostei do meu rabo!
Era achatado e comprido! Tinha tanta dificuldade em gostar dele, que usei durante muito tempo, todos os dias, as mesmas calças de ganga elástica, que, na minha opinião de pré-adolescente, eram as únicas capazes de salvar a coisa!

Nem sempre gostei de mim, mas isso não me impediu de aprender!

Aprendi que todos temos defeitos e quando alguém gosta de nós, eles pouco importam!
Aprendi que gostar de nós, é o primeiro (senão o único) passo para que os outros também gostem!
Aprendi que, os outros gostarem ou não pouco importa, se nós pouco nos importarmos com isso!
Aprendi que crescer custa, que amadurecer dói e que acreditar em nós é um processo delicado!
Aprendi que se conseguir gozar e brincar com os meus defeitos e problemas, os outros podem fazê-lo sem que isso me afecte!
Aprendi que gozar e brincar comigo própria é um mecanismo de defesa, dos mais eficazes que conheço!
Aprendi que a ironia e o sarcasmo fazem parte de mim!
Aprendi que ser forte, na maioria das vezes, não é opcional, é imperativo!
Aprendi que ser honesta em tudo aquilo que faço não é só qualidade, é o melhor caminho para me conhecer!
Aprendi que excesso de modéstia, também é defeito!
Aprendi que ser sincera custa muito menos que ser orgulhosa!
Aprendi que um abraço consegue ser o medicamento mais eficaz!
Aprendi que acreditar em nós próprios é o maior poder do universo!
Aprendi que um sorriso sincero começa nos olhos e não nos lábios!
Aprendi que tudo acontece por um motivo!
Aprendi que tudo chega na altura certa, e não quando queremos!
Aprendi que dizer "não" carrega tão ou mais amor que dizer "sim"!
Aprendi que sou feita de sonhos e de risos, e que rir, é, sem dúvida, o melhor remédio!
Aprendi que chorar faz parte e faz tanta falta quanto sorrir!
Aprendi que não importa se somos gordos, magros, altos, baixos, morenos ou louros, uma boa conversa, uma boa gargalhada e um bom carácter fazem de nós as pessoas mais bonitas do mundo!
Aprendi que não sou perfeita e deixei de o querer ser!
Aprendi que vou falhar, talvez, tantas vezes quantas as que irei tentar!
Aprendi que estou sempre a aprender, e ainda bem!


Ainda não aprendi a educar, e isso assusta-me tanto que me faz tremer!


“Meu amor maior, quero que saibas que ainda não sei ser tua mãe, mas no que depender de mim, serás sempre fiel a ti próprio, e isso meu amor, é o caminho para seres feliz, sempre!






segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Tens barriga de...

Menina! De certeza que é menina, as meninas fazem as barrigas mais redondas (ou seria bicudas…?) e os meninos mais bicudas (ou seria redondas…?)
Ah eu acho que é menino, os meninos fazem as mães bonitas e tu estás linda, com luz, com brilho, nem manchas na pele tens…é um menino, de certeza! 

Antes de engravidar já tinha ouvido estas teorias, obviamente! E confesso que até quase que acreditava em algumas, mas estava muito longe de imaginar as 3549 formas pelas quais se podia adivinhar se esperamos um menino ou uma menina…
Eu respeito as crenças de cada um, mas será que aquilo que o meu tesouro desenvolve entre as pernas, fará assim tanta diferença naquilo que se desenvolve, consequentemente, em nós? Se calhar, sim…!
Comecemos, então, pelo início: 

- Data da concepção: a data da concepção do bebé em conjunto com a lua dessa época determinará se concebemos um menino ou uma menina – ora bem, estou a modos que para o lixado, uma vez que não andei a apontar em lado nenhum quando é que eu e o meu respectivo fazíamos “o amor”, e como tal, tenho uma noção da semana, mas parece-me que com noções não se chega lá, isto aqui requer precisão, dia certo e com jeitinho a hora! Ou é ou não é, agora cá merdas! 

- Forma da barriga: dependendo da forma da barriga da mulher, se é bicuda ou redonda, se está mais para cima, ao pé das costelas ou descaída para a bexiga, saberemos qual o sexo do bebé – portanto, se eu for baixinha e gordinha mas se esperar uma menina, significa que a barriga vai ser igualzinha a uma qualquer Irina Shayk! Aii que bom!! Parece-me bem, gosto desta teoria!! 

- Teste da agulha: prendendo uma agulha numa linha e colocando a nossa mão esquerda aberta, e paralela à nossa barriga, determinar-se-á que esperamos uma menina se a agulha formar círculos (pelo sexo reprodutor feminino – vagina) ou um menino, se balançar para a frente e para trás como uma linha recta (sexo reprodutor masculino – pénis) – uma recomendação: por favor façam o teste onde não exista pinga de vento, não vá a coisa influenciar o balanço da agulha, e de preferência com alguém que não sofra de Parkinson ou onde a idade já pese um pedacito…digo eu, que não percebo nada disto! 

- Beleza da mãe: esta é simples, as meninas fazem as mães feias, os meninos as mães bonitas...pronto, é isto!…pois…a modos que não sei bem o que pensar desta! Quererão os nossos rebentos femininos ver-nos feias? Ou será uma coisa hormonal? Esclareçam-me por favor! Eu até gostava de ter uma menina, mas depois é ver-me pr’aí cheia de pano, é isso?

- Palma ou costas da mão: Ao que parece, quando engravidamos, se nos disserem, sem sabermos do que se trata, para olharmos para as mãos, a forma como o fazemos também nos diz o que esperamos, ou seja, se olharmos para as costas da mão é um menino, se as virarmos e olharmos para a palma, é uma menina….hmm..ehk..pois, isto está a tornar-se estranho, mas não vai melhorar! 

- Almofada na cadeira: Colocam-se duas almofadas em cima de duas cadeiras, por baixo de cada uma esconde-se um garfo (alusão ao menino) e uma colher (alusão à menina) e pedem-nos para nos sentarmos na que quisermos, e “voilá”, eu sentei-me no garfo – menino! ‘Tá feito! Nem há discussão! 

- Posição sexual: Fazer o amor de forma calma, carinhosa, com a mulher por cima do homem, concebem-se meninos, se for uma posição mais agressiva, com o homem por cima da mulher, a dar tudo, concebem-se meninas! Hummm…e se for de lado?? Estou confusa… 

E ainda há outra, em nenhuma destas teorias o pai é tido ou achado, o que não deixa de ter a sua piada, tendo em conta que é ele quem detém os dois cromossomas no ADN, já nós...
 
Disse ao pessoal do trabalho para apostar, mas a dinheiro; até 10€ para o menino (mais apostas, menos valor) e até 20€ para a menina (menos probabilidades, apostas mais altas) e as angariações reverteriam a favor do bebé!
No meio de tantas teorias, resolvi arriscar, quem sabe a coisa pega?!



quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Gravidez vs Exercício Físico

Não! Nunca fui aficionada do exercício físico! Confesso, admito, assumo! E se na escola, nas aulas de educação física o meu período vinha, no mínimo, umas quatro vezes no mês - Ai professor estou com umas dores, nem me consigo mexer...! - depois de adulta a coisa não mudou muito, só já não tenho um professor para me desculpabilizar!
Mas acontece que depois dos vinte o corpinho já não é o mesmo, a gravidade começa a dar de si e coisas como celulite e estrias começam a aparecer!
Ora bem, entre deixar de comer bolos, batatas fritas, gelados, croissants e molhos de tomate, e ir para o ginásio, pareceu-me que começar a pagar a alguém para me ir cansar e transpirar, seria a decisão mais sensata!! (Adultos...pfff).
Também não era novidade que a coisa começava muito bem, cheia de pica, energia e boas intenções (especialmente, boas intenções) e durava assim...um mês!
Aborrecia-me daquilo! Não gosto de me cansar, não gosto do cumprimento de horários enquanto obrigações, e sim, sou daquelas que hoje é porque está frio, amanhã porque está calor, depois está vento, doí-me a cabeça ou dormi mal...sim, desculpas tão boas como outras quaisquer! Mas fazia, e ironicamente até fazia bem. 
Antes de engravidar andava empenhadíssima nas aulas de Jump e de Localizada, e era ver-me aos saltos que nem uma gazela...!
No meio disto tudo, o dito corpinho até nem estava uma desgraceira completa...mas, digamos que o sofá, series e o "dolce fare niente" sempre me foram bem mais apelativos!

Chegou a gravidez e a necessidade de mexer, um bocadinho que fosse, os músculos. 
Ah porque facilita o parto; Ah faz tão bem ao bebé e à mãe; Exercício nunca fez mal a ninguém!
E pronto, lá fui eu para as aulas de Pilates, as melhores e mais aconselhadas durante a gravidez.

1ª Aula (pensamento da grávida - 5 meses de gestação):

- Prof: Vamos descer devagarinho, vértebra por vértebra, até chegarmos ao chão ou ao máximo que conseguirmos.

- C'um caraças, mas que cena é esta!? Parece que o estômago me chega ao queixo! Mas pelo menos alcanço o chão...yeahhh!! Ainda 'tou cheia de elasticidade! 
Pfff...que calor! Jesus! Qu'é isto?! Ai já sinto o coração a bater na cabeça e o sangue todo a descer...bom já chega, vou-me levantar! 

- Prof: Vamos deitar de barriga para baixo....

- Ok, bora lá...

- Prof: Não! Não, para si tem que ser outro exercício, agora não se pode deitar assim!

- Ah pois é...ok (cara de tacho)

- Prof: Sente-se de pernas cruzadas e estique os braços, inspire e expire sempre com a bacia e coluna direitas.

- Ah na boa, ainda me consigo sentar assim, impecável!... Uii que dores nas costas, a barriga está toda encolhida, isto não deve ser bom...inspira, expira, ok...outra vez...inspira, expira....que cansaço, senhores!! Mas nem me estou a mexer! Pareço um texuguinho gordo! Aii não consigo, vou-me esticar para trás! Aiii que alivio!! Aii não, a ciática!! Pfff!!!

- Prof: Vamo-nos pôr de quatro, e enquanto estica a perna direita, estica o braço esquerdo, expira e inspira e depois do outro lado, perna esquerda, braço direito.

- Ah este é fácil! Expira, inspira; expira, inspira! Aiii que dores de barriga! O QUE É ISTO AGORA?? Gases, claro! Aii que dores, caraças! Estão mesmo metidos aqui por baixo das costelas do lado esquerdo!! 

A aula acaba e enfio-me rapidamente na wc do ginásio, nada! Não sai nada!
Entro no carro quase a correr e começo a ficar mal disposta, vómitos, dores de barriga e calafrios!
Chego a casa o mais depressa que consigo e só tenho tempo de ir para a casa de banho. Vomito e de seguida fico sentada no trono uns bons 30 minutos, fico mal disposta o resto da noite e não consigo, sequer, jantar!

Semana seguinte, e lá vou eu novamente para a aula.
O processo repete-se, mas não chego a vomitar, fico só mal disposta e enjoada!

Dois dias depois nova aula, encolhe daqui, estica dali, contrai do outro lado. 
Dores de barriga novamente. Condução à pressa novamente. Vomito novamente e 30 minutos no trono novamente, só para não fugir à rotina!

O Ricardo chega e digo-lhe: Vomitei outra vez!

- A sério? Definitivamente não dás para isso! Tu e o exercício físico não combinam!

- Lá está! Não é que eu não queira! Estou a tentar! O meu corpo dá-me sinais, tenho que ouvi-los, não achas? Talvez experimente a natação! - Explico-lhe eu.

- Cheira-me que é possível que te afogues!! - Diz-me ele, com ar de gozo e consternação, enquanto se ri e me faz festas na cabeça!


















segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Os maridos


Confesso que levei algum tempo a assimilar este artigo, não por falta de matéria para escrever, mas sim por não assumir a "mea culpa"!
Os maridos não serão todos iguais, certamente, e alguns serão até, umas grandessíssimas bestas quadradas que não fazem a ponta dum corno em casa, nem antes, nem depois dos filhos, simplesmente porque...são umas bestas, pronto! Não há outra explicação!
Costumo pensar que há as mães solteiras, porque engravidaram e o parvalhão borrifou-se nelas e nas responsabilidades e há aquelas que, apesar de terem o marido/namorado/amantizado (diria a minha avó) em casa, são, na mesma medida, solteiras, porque o gajo para além de não ajudar, ainda estorva, se for preciso! E portanto, terem o espantalho lá em casa, ou não, é um bocado igual...
Desta forma, existem estes "fofuxos" no panorama da vida de casais com filhos, mas depois, e para bem de muitas mulheres que conheço, e falo particularmente do meu caso, há aqueles que sofrem p´ra xuxu durante todo este processo, e é para esses que hoje escrevo.

Admito que se eu fosse gajo e me aturasse, já me tinham dado uns três AVC's...

- Grávida: Aii, tenho fome (22h30)!
- Marido: Queres uma torrada? Eu faço.
- G: Não!
- M: Queres cereais?
- G: Não! Não me apetece isso...
- M: Queres fruta?
- G: Não!
- M: Então o que te apetece?
- G: MacDonald's!!
- M: Agora? Queres que vá buscar?
- G: Siimmmmm (dizemos nós com os olhos a brilhar e quase a saltar das órbitas, enquanto apertamos as mãozinhas junto ao peito e ao queixo como se um desejo nos fosse concedido) - e lá vão eles às 22h45, mudar de roupa, calçar, enfiar no carro e conduzir até ao MacDrive mais próximo para satisfazer o desejo da menina! Não vá a criança nascer com cara de hambúrguer! 

- G: Ai amorzinho, doem-me tanto os pés!! (23h50, na cama, prontos para dormir) preciso de uma massagem!
- M: A sério?? E tem que ser hoje??
- G: Óbvio!! Estão a doer-me hoje né?? Se não precisasse não te estava a pedir!
- M. Ohh amor, já estava quase a dormir! Vira-te lá então!
- G: Ahh não! Falta o óleo, assim não vai servir de nada!
- M: (suspira, revira os olhos e vai buscar o óleo, fica 20 minutos a massajar cada pé, e quando diz que já está, fazendo com que despertemos do nosso estado pré-dormente de relaxamento, ainda balbuciamos ohhh já??? Mais um bocadinho...!!)

- G: Estou mal disposta! Estou mal disposta! Pfff!! Estou mal disposta! Estou farta disto!! 
- M: Queres alguma coisa?
- G: Claro, que me passe a má disposição!
- M: Se calhar se vomitares ficas melhor!
- G: A SÉRIO??!! MUITO OBRIGADA CAPITÃO ÓBVIO! Gostas de vomitar?? Pois...eu também não! (enquanto nos dirigimos ao wc para o terceiro vómito do dia)

- G: Porque é que não arrumas os sapatos naquele armário??
- M: Então e se for neste não é igual? São armários...
- G: Igual?? Igual?? Mas tu estás a gozar comigo?? Por favor, tu não me irrites mais hoje (enquanto nos espumamos de raiva, os olhos ficam raiados de sangue e lágrimas, e nos assemelhamos, perigosamente, à Regan do filme Exorcista!) 


No meio de tudo isto, valha-nos o humor, não fosse o meu marido ter descoberto que sofre, também ele, de uma qualquer psicose... Síndrome de Couvade. 
Pois é, o desgraçado tem todos os meus sintomas, e entre os enjoos, as dores nas costas e os apetites, meus e dele, venha o diabo e escolha!
Gabo-lhe a paciência de ainda assim conseguir dizer: "Ela está grávida, se não lhe fizer as vontades agora, faço quando?"

A todos estes maridos, o nosso agradecimento! 
No fundo, no fundo, bem lá no fundo e só depois de sermos confrontadas com as evidências 3549 vezes (ou quando as hormonas normalizam) é que vamos assumir e confessar que, às vezes, assim só às vezes, somos um bocadinho chatas!  
Obrigada por suportarem tudo isto connosco!

























segunda-feira, 31 de julho de 2017

What to expect while you're expecting?

Sim, este é também o título de um filme que vi em tempos e que me fez todo o sentido do mundo. E se fez nessa época, agora então...

A história de 4 mulheres que engravidam na mesma altura e a absoluta diferença de experiências, sentimentos, predisposições, expectativas e desilusões que cada uma tem ou desenvolve.
É este o mote para um filme que tão depressa nos leva às mais rasgadas gargalhadas como às mais sentidas lágrimas, o que, no fim de tudo, é o desenho perfeito da gravidez!

Antes de engravidarmos julgamos saber tudo, temos as teorias todas, ouvimos as experiências dos mais velhos ou de quem já passou por este estado de graça e imaginamos que connosco vai ser mais ou menos da mesma forma.
Com o passar dos anos e a experiência adquirida, vamos formando as nossas opiniões e passamos a gritar bem alto, tais experts na matéria: "vou fazer isto de certezinha"... "mas aquilo e o outro comigo não vão acontecer"!
E, possivelmente, quem já passou pela coisa, olha-nos de cima a baixo, põe um sorriso de paisagem e pensa: "é sorrir e acenar, rapazes; sorrir e acenar" (sim, hoje deu-me para as referências cinematográficas)! Coitada, sabe de nada a inocente!

E é assim mesmo! 

Sabemos, desde sempre, que queremos ser mães, mas quando o teste dá positivo, a mistura de sensações que nos atravessa o corpo é avassaladora! 
Choramos, rimos, rimos e choramos. Estão reunidas as condições para as hormonas começarem aos saltos!
A verdade é que não, não fazíamos ideia ao que íamos!
Queríamos muito uma menina, mas achamos que vamos ter um rapaz! Depois ponderamos que é um rapaz durante 4 ou 5 meses e quando o médico nos diz que é rapariga já não sabemos se devemos ficar entusiasmadas ou desiludidas!
As primeiras noites não dormimos e associamos o descontrolo às ditas hormonas, quando no fundo, estamos borradinhas de medo de tudo! De sermos capazes, de saber o que fazer com o bebé que ai vem, se vamos ser bons pais, se vamos ser capazes de cumprir tudo o que gostaríamos de cumprir na educação deles, se vamos sempre ter estabilidade económica para os sustentar e educar! 
Fazemos contas a tudo e listas de tudo e mais alguma coisa! 
A mãe mais recente que conhecemos comprou todo o arsenal para o quarto do bebé e nós só ainda tínhamos pensado no berço e já isso não estava mau de todo!

Começamos a comprar roupa nova devido à pança que se forma e pensamos que para nós já chega de gastos, quando nos perguntam: "e a camisa de dormir para o hospital, já compraste? e os soutiens de amamentação? e os discos, é melhor teres também! Ah e as cuecas descartáveis do Jumbo são as melhores, são elásticas e de rede!" WHAT???? Camisa de dormir?? Cuecas quê???
No meio da camisa de dormir gigante, das cuecas descartáveis, dos pensos XXL, das olheiras e do andar novo, só nos passa uma coisa pela cabeça (pela minha, pelo menos): que me valha o cabelinho aos caracóis, lindo e cheio de volume!!

Mas no meio deste inevitável desassossego eis que surge a nossa nova silhueta ao espelho e as festas infinitas na barriga, desenrolam-se as conversas com o nosso rebento como se ele já ali estivesse ao nosso lado e a olhar para nós com o sorriso mais maravilhoso deste mundo e aumenta, de dia para dia, a curiosidade de conhecê-lo! 
Vem o desejo de comprar tudo o que são roupinhas pequeninas e fofinhas e colocá-las por cima da nossa barriga, chegam as primeiras botinhas e imaginamos os seus pézinhos lá dentro, olhamos para o gorrinho e perguntamos se será cabeludo ou um nenuco!
Vem tudo isto, e tudo isto é tão bom!

No filme, há quem tenha adorado a gravidez, há quem a tenha detestado; há quem tenha tido um parto horrível e há quem tenha dado à luz com a ajuda de um espirro; há quem tenha passado 9 meses em cima de saltos altos e há quem não tenha conseguido calçar mais nada a não ser havaianas!
Há quem se tenha sentido uma princesa e há quem se sinta sem um pingo de brilho!
Há isto tudo; há o que nos torna diferentes, há o que nos torna únicas e há aquilo que nos une a todas, sermos mães! 












terça-feira, 25 de julho de 2017

Estado de graça!

Sabem aquelas pessoas que parecem um burro a dar um coice quando, no seu íntimo, acham que estão a ser o mais amável possível? Prazer, eu! 
Tendo em conta esta predisposição natural para o mau feitio, qual o meu espanto quando agora, de repente, do nada, ou melhor, 4 meses e uma pança proeminente depois, percebo que toda a população não estava contra mim, afinal, só ainda não estava grávida!

Chego à farmácia ( que normalmente tem 30 pessoas à minha frente) e tiro a senha prioritária! Ainda hesitei, mas tendo em conta que nunca estive grávida e o peso que tenho agora nunca na vida tinha tido, o raio dos pés já incham, a coluna já doí e as pernas já pesam, decidi! Exerço o direito que tenho e saco da dita senha!
Não demorei 5 minutos a ser chamada, dirijo-me ao balcão e começo a ouvir um senhor nos seus 60 anos a dizer para outro: 
- N'ouves (sim pessoal, estamos no Algarve e algumas pessoas falam assim), que númere é que tens?
- É cá tinha o 370, mas parece que agora chamaram o 375, na tou a perceber nada diste! Tã e tu?
- É tenhe o 372...

E eles lá continuaram nisto, muito indignados, enquanto olhavam para as senhas e para mim, para mim e para as senhas, com uma clara e evidente vontade de me esganar!!
Achei por bem intervir, até porque não queria deixar ninguém pensar que me tinha infiltrado na fila assim à maluca.

- Olhe desculpe - começo eu - eu tirei a senha prioritária, porque estou grávida. Peço desculpa!

Ahhhhh a palavra mágica, eis que uma auréola surge por cima da minha cabeça, uma luz linda e brilhante circunda-me e o estado de graça entra agora na minha vida! Já me tinham explicado todo o mimo e atenção que iria ter, mas isto meus senhores, não estava à espera!

- Oh menina, é qu'peçe desculpa! 'teja à vontade! Na se preocupe...agente espera que tem tempe! 
Seguido de um sorriso rasgado de canto a canto.


O segundo estado de graça aconteceu no estacionamento. Andava eu à procura de lugar, quando vi que um carro estacionado ia sair; marcha atrás com ela, pisca para a direita e travão de mão puxado!

"Mas que raio, nunca mais saem dali?? Se calhar estão a estacionar...bom, mais 5 minutos, senão vou-me embora" (yep, paciência também não é o meu forte).
BIIIPPPPPPPPPPP - começa o meu vizinho de trás, faço-lhe um sinal com a mão! Não! não foi esse! Foi o outro de pedido de tempo, como fazem no desporto. "Aguenta aí os cavalos amigo, estou mesmo quase" - pensava e esperava eu!
Nada! O carro continuava estacionado, as pessoas lá dentro, nenhum sinal de marcha-atrás e uma fila de carros estava a formar-se atrás de mim!
"Bom, talvez seja melhor ir lá perguntar se vão mesmo sair" - penso eu.

Saio do carro e olho para o dito senhor que estava parado atrás de mim, e tento pedir-lhe desculpa com o típico aceno de mão - "Olhe desculpe lá, pensava que isto demorava menos tempo..."
E eis que, na posição lateral, ele consegue visualizar a minha pancinha de grávida e imediatamente me abana a cabeça afirmativamente, estica a mão e dá-me sinal para prosseguir - "Ahhhhh a auréola novamente!!!" - penso eu, emocionada!
Caminho na direção do carro estacionado e bato levemente no vidro, e foi aqui, precisamente neste momento, que percebi que a gravidez se trata MESMO de um estado de graça e que faz bem, muito bem às pessoas, ficam mais simpáticas, mais queridas, mais bem dispostas. As grávidas também ficam, mas especialmente aqueles que se cruzam connosco!

A senhora olha para mim por cima dos óculos de sol, com ar de poucos amigos, enquanto ainda estou dobrada ao lado dela, desce o vidro e da-lhe um género de espasmo seguido de AVC como quem diz: "o que é que queres?"
Ponho-me em posição recta ao mesmo tempo que lhe pergunto se vai sair.
Pois é...a barriguinha novamente...! Aparece-lhe, vindo não sei bem de onde, um sorriso que mostrava o bom dentista que a senhora frequentava em conjunto com um "claro que sim, vou sair já, já!"
Agradeci, sorri e retirei-me para o meu carro, onde a fila atrás de mim já tinha uns bons 6 carrinhos em espera...tranquilo!

Num mundo em que é tão raro presenciarmos actos de compreensão, humildade e carinho para com o próximo, este nosso estado de graça conseguir transformar este mesmo mundo num sitio bem melhor para os nossos rebentos crescerem, parece-me justificação suficiente para as auréolas e a luz própria que ganhamos enquanto aguardamos o nosso maior tesouro!


















sexta-feira, 21 de julho de 2017

O amor e o medo!

Ser mãe sempre fez parte de todos os planos da minha vida. Umas vez mais presente que outras, mas a vontade e até mesmo a necessidade esteve sempre lá.
O texto abaixo foi escrito em Fevereiro, no âmbito do Campeonato de Escrita Criativa de Pedro Chagas Freitas, que participei. Ironicamente (ou não) escrevi sobre este tema que, parece-me, fazer todo o sentido ser partilhado agora! 

Fere-me o medo.
Amanhã poderá ser uma utopia, mas por que motivo temo-lo, então, como dado adquirido?
Acreditamos (ainda que saibamos conscientemente que não) viver para sempre!

05 de Fevereiro de 2008
Fere-me profundamente o medo de não te olhar ou de não te ouvir dizer que gostas de mim.
As entranhas revoltam-se e agonizam quando penso que não irá acontecer, que tudo não passou de um sonho que foi sendo adiado.
Revolta-me, por mais que me envergonhe ter tais pensamentos, essa forma de felicidade estampada nos rostos dos outros, sendo que a minha tarda em chegar!

Carta ao Sol da minha vida
“Quando te quis pela primeira vez não tive medo! Tive uma vontade absurda conjugada com uma irresponsabilidade própria da idade! Nada mais interessava a não seres tu!
A vida encarregou-se de não ser muito gentil comigo, e tu...? Bom, tu voltaste para o patamar dos sonhos, aquele cantinho do coração onde ficam os amores incondicionais e adiados.
O meu mundo desabou vezes sem conta, e a ideia de puder abraçar-te e aconchegar-te no meu colo estava cada vez mais longe, e isso magoava-me, feria-me, amedrontava-me! Mas não desisti de ti! Nunca! Jamais!"

26 de Junho de 2016
Hoje o meu medo é tão diferente meu amor, ainda me fere, e como fere! Mas quero que saibas que o amor supera sempre o medo, e só tem medo quem tem dez vezes a mesma medida em coragem! Se tiveres medo um dia, sorri, significa que estás no caminho certo!

- "Mamã, mãezinha, ajuda-me! Caí e magoei o joelho! Dói mãe!!"


(O amor e o medo, em medidas carinhosamente exageradas, nunca estiveram tão bem representados).

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Estar grávida!

Meus amigos, sempre nos pintaram, especialmente a nós mulheres, que a gravidez era algo especial, mágico, maravilhoso, transcendente...! E é! Isso e muito, muito mais! O "mais" é que nem sempre nos explicam!
Pois bem, estava eu na minha 11ª semana de gestação quando apanhei as primeiras "vergonhas" de grávida! E a história de um fim de semana começa assim:

Episódio I

Fomos visitar uns amigos nossos que já não víamos há algum tempo, e entre os bolinhos de canela (disseram-me que não deveria comer esta especiaria), cervejolas, presunto (idem, aspas quanto à proibição), pipocas doces e água, que eles simpaticamente ofereceram, fiquei-me por estes últimos.
A fome era uma constante nesta altura, e como tal, aquelas pipocas estavam a saber-me à vida!
A coisa durou o tempo suficiente para comer o pacote todo, e de seguida emborcar um bom meio litro de água, até que uns calafrios seguidos de dores de barriga começam a dar conta de mim.
- Bom, vou até à wc, isto agora é uma constante! Digo eu com o ar mais natural possível, pois toda a gente sabe que as grávidas fazem muito xixi!
Volto de lá de bexiga semi-vazia (pois temos sempre a sensação que ela não esvazia completamente) e com dores de estômago e más disposições ao rubro, mas aguento-me!
Trocamos meia dúzia de palavras, e juro que isto não durou mais que 10 minutos até me levantar novamente com o mesmo ar de descontracção - lá tenho que ir outra vez! - enquanto solto uma gargalhada meio tímida, meio parva!
As minhas desculpas aos mais sensíveis, mas, abençoada sanita! Foi a primeira vez, de toda a minha gravidez, que vomitei, e só dei graças a todos os santos por ao lado da sanita estar o detergente desinfectante!
Não foi bonito! Fiquemos por aqui!

Vim de lá com a sensação de que toda a gente iria perceber o que tinha feito, e como tal optei por antecipar-me:
 - Olha, vomitei! 
- Então? - perguntam-me
- Então, coisas de grávida, ainda não me tinha acontecido, vê lá tu, deve ter sido do jantar - digo eu com o ar mais suspeito desta vida! 
Não...! Não foi por papar o pacote de pipocas inteirinho e a seguir ensopá-las com meio litro de água!! Não!! Foi por estar grávida, claro!!! 

Episódio II

No dia seguinte fomos ver um espectáculo de dança de miúdos entre os 5 e os 10/12 anos.
O meu dia estava impecável, tinha almoçado bem, estava bem disposta e de bem com a vida, o espectáculo inicia, os miúdos começam a dançar ao som de uma qualquer música clássica (que nem sequer gosto) e o nó na garganta começa a formar-se, os olhos a ficarem húmidos e as lágrimas a escorrerem-me pela cara! Passo a mão pela barriga, olho para o Ricardo e digo-lhe:
- Estou a chorar!
- Então? Porquê? - pergunta-me ele completamente indignado.
E com o ar mais honesto e desconcertado que me surgiu, respondo - Não sei...! Hormonas?

Episódio III

Nessa noite fomos jantar a casa de outros amigos nossos, que diga-se de passagem, cozinham divinalmente!
Entre entradas (que eu podia comer, yeaaiiihhh), arroz de tamboril (que repeti três vezes) sobremesa e fruta, estava tudo óptimo, óptimo, óptimo!
Terminado o banquete, digo que seria melhor sentar-me no sofá, pois a cadeira já começa a tornar-se desconfortável.
Sentei-me e tenho a leve sensação de ter balbuciado qualquer coisa como:
- isto agora...gravidez...pancadonas de sono...
E pronto! Mais nada!
Quando dei por mim, abri os olhos, olhei à minha volta, e os nossos amigos estavam ao meu lado e o Ricardo no sofá da frente, todos concentrados a ver um filme.
Não fiz barulho nenhum, nem disse nada, pensei: ah eles nem repararam, isto deve ter sido uma fracção de segundos, se bem que me lembro de sonhar...hmmm...vamos lá ver o filme então!

Voltei a abrir os olhos, e eles estavam nas mesmas posições a ver o mesmo filme, que nem tive tempo de perceber qual era, dei um salto do sofá, olhei para o Ricardo e disse-lhe:
- Vamos embora, já me deixei dormir aqui duas vezes, até sonhei! Que vergonha!! Isto nunca, nunca, nunca me tinha acontecido!!
- Nunca estiveste grávida - responde-me a minha amiga e também recente mamã, com o ar mais querido e compreensivo do mundo!


Beijinhos e até aos próximos capítulos!















quinta-feira, 29 de junho de 2017

Menino ou Menina?

Assim que soube que estava grávida marquei a consulta com o GO.
A inexperiência juntamente com a curiosidade de saber se estava tudo bem, levou-me a lá ir quando estava de cinco semanas, sendo que a única coisa que vimos foi o saco amniótico e tivemos a confirmação da gravidez...portanto, saímos de lá com a alma lavada mas em desilusão, pois aquilo não nos disse absolutamente nada (se bem que nós também não sabíamos muito bem o que seria suposto nos dizer).

Decidimos lá ir novamente quando fosse efectivamente altura de o fazer (se é que isto existe), e nas 12 semanas lá estávamos nós cheios de medo, entusiasmo e nervosismo.

A primeira ecografia "a sério" é aquela onde as nossas expectativas estão todas concentradas, queremos saber se está tudo bem (seja lá isso o que for), queremos ver o nosso rebento mexer-se, queremos que o médico faça tudo o que tem para fazer e não nos despache em três tempos (felizmente não aconteceu porque fui ao privado, mas isso será outro artigo), queremos saber o sexo do bebé...enfim...! 
Aii espera! não! o sexo não! 
Pois é...havia coisa de 2 semanas atrás que o meu querido marido me tinha chegado a casa com esta pérola: Tenho estado a pensar aqui numa coisa e acho que não devíamos saber o sexo do bebé, só quando nascer, seria muito mais giro assim, diferente...olhar para o monitor da eco e ficar a pensar se será menino ou menina é muito mais entusiasmante!

WHAT??!! Ah espera, saber se está tudo bem, ter uma vida a criar unhas e cabelo dentro de mim, saber se tem as medições correctas, a postura correta, se é perfeitinho/a, que os exames de diagnóstico a doenças vêm todos negativos, que as minhas dores pélvicas e abdominais são todas normais, que a placenta não descolou e que está a desenvolver-se correctamente não são motivos de entusiasmo suficientes para ti?? Ahh não...temos ainda que não saber se é menino ou menina só para dar assim mais uma animaçãozita à coisa?!

Vá lá, dizia-me ele, pensa bem nisso! Seria giro, até podíamos dizer ao pessoal para fazer apostas no menino ou menina.

Confesso que aquilo me custou a assimilar, e ainda lhe disse que ele ficaria sem saber mas que eu não. Sou demasiado curiosa para não saber - foi a minha justificação.
No entanto, comecei a estruturar melhor a ideia, até porque, quando me perguntavam se preferia menina ou menino, honestamente não sabia responder, não tinha qualquer preferência.
Achei também que a educação de um filho requer uma dose extraterrestre de paciência, dedicação e aceitação e que não seria mal pensado começar logo na gravidez a ensaiar essas qualidades.
Ficou decidido!

Dr., não sei se já conseguimos ver, mas de qualquer forma, não queremos saber o sexo do bebé.
Ele riu-se e acenou, não sei se por achar que aquilo seria só euforia sobre a primeira eco e que depois nos passaria ou se até acontecia com mais frequência do que imaginaríamos.

O nosso bebé não parava um segundo, ele dava pontapés, mexia os bracinhos, punha a mãozinha por baixo da cabecinha ou o dedinho polegar dentro da boquinha, esticava as perninhas e rodava como quem nada numa piscina.
Lá estava ele no seu Spa de eleição.
Ohhh meu amor, que emoção!
Ainda não o tínhamos visto assim, enquanto ser vivo, enquanto humanóide que se mexe, que quase que interage! Ahh e que vontade de tê-lo nos nossos braços logo, logo!

Tudo muda, nós mudamos! 
As lágrimas caíram-me pela face, mas de forma tão subtil e bonita como nunca me tinha acontecido.
E eis que o furação daquele coraçãozinho se fez ouvir, tum tum, tum tum, tum tum!! Rápido, forte, lindo!
Quantos diminutivos usamos nós assim que sabemos que vamos ser mães?!
Meu amorzinho!
Será menino ou menina?
Nós não sabíamos, mas o Dr. viu logo!

Ohh caraças, agora que eu já estava tão convencida em levar isto avante!!ihihihih!!!













segunda-feira, 26 de junho de 2017

Ainda fumas?

Enquanto fumadora desde os 16 anos que sempre, mas sempre disse, ao estilo mantra que, se não deixasse de fumar antes, deixaria quando pensasse em engravidar!
Isso aconteceria num futuro bastante distante e como tal teria tempo suficiente para planear toda uma conversa sobre o assunto, consultas, análises, aconselhamento e por ai, e ao fim e ao cabo, quando fosse altura, talvez, se calhar, com jeitinho, até aconteceria de forma muito natural! Mas especialmente porque eu era aquela gaja chatinha que mesmo enquanto fumadora (moral do caraças, hem?!) dizia às minhas amigas fumadoras que engravidavam que tinham que deixar! Ah mas já deixaste de fumar, certo? Tens que deixar agora, senão deixas quando? Pelo menos já reduziste, certo? Breu, breu, breu, pardais ao ninho!

Pois bem! eis que a "Je" descobre que está grávida assim meio aos trambolhões, como já aqui foi relatado e decide reduzir logo para dois cigarros por dia, na esperança de, com o tempo, a coisa ir passando, porque, ai de mim continuar a fumar grávida depois de tudo o que apregoei durante anos!
O dito tempo passa, e no meu íntimo a coisa começa a processar-se da seguinte forma: 
Mas eu não enjoo esta merda porquê?? Isto ainda me sabe bem, mas com uma mistura de sentimento de culpa! Aii meu rico filho/a que já está a ser intoxicado com fumo! Mas porque é que não consigo deixar de fumar??! 
Dois dias, estive dois dias sem fumar, e tive taquicárdias e tremeliques, fui ao médico e expliquei-lhe a situação à qual ele me responde que tenho que encontrar o equilíbrio entre o meu bem estar e o estado de ansiedade que também vai fazer mal (e muito) ao bebé!

Ok! 

E isso agora quer dizer o quê?? Vou continuar a fumar?? Vou deixar?? Ai de mim ser aquela fulana sentada no café com um barrigão de 7 meses e de cigarro na boca! Detesto, detesto, detesto!
Porque esta teoria (minha, confesso) que assim que soubesse que tinha uma vida a crescer dentro de mim, psicologicamente seria impensável continuar a fumar e deixaria; é toda muito bonita, mas não passa de teoria! Sim, é verdade que sabemos disto tudo, que somos adultos formados e informados sobre este assunto, que sabemos todos os malefícios do tabaco mas, infelizmente, esta porcaria deste vício não desaparece por artes mágicas "só" porque estamos grávidas!
Era tãoooo bom que assim fosse, mas não é! E quanto mais pensamos em deixar, mais nervosas ficamos, porque sabemos que estamos a fazer mal ao bebé das duas maneiras!
E permanecemos neste conflito interno que nos magoa, nos fere, nos custa! Que nos faz sentir logo, ainda sem as críticas desmesuradas de quem nos observa, que somos más mães e ainda a criança não nasceu! 
Mães e mulheres em geral que não são fumadoras, a sério! Nós, as más da fita, fumadoras, grávidas, más mães logo à priori,  percebemos o vosso ponto de vista, aceitamo-lo, concordamos convosco,  e por vezes, até queremos acreditar que estão a julgar-nos com a melhor das intenções! Mas a nós custa-nos e magoa-nos o que fazemos, mais a nós do que a qualquer mirone que nos observa ao longe, por isso, por favor, não caguem sentença sobre um assunto que não conseguem ter sequer uma breve noção do que é e guardem as vossas opiniões tão bem formadas bem dentro dos vossos pensamentos, onde não ferem ninguém! Nós sabemos, não precisamos que nos crucifiquem mais!
Às mães ex-fumadoras que conseguiram com uma perninha às costas tal feito, os meus honestos parabéns, porque este desmame é difícil p'ra xuxu!
E quanto a mim, sempre ouvi dizer: "Pela boca morre o peixe" e até calha bem visto que nasci a 1 de Março!


Beijinhos!! 




sexta-feira, 16 de junho de 2017

Vamos lá falar de nomes!

Pois é! Parece fácil, mas não foi!
Aparentemente escolher o nome para o primeiro filho/a deveria ser uma tarefa bastante fácil, ou seja, para quem já imaginou a vida toda que iria ser mãe, os nomes, à partida, já estariam mais do que escolhidos, pensados, seleccionados, vistos os significados e todas aquelas coisas inocentes e parvas que nós mães, fazemos!
Mas não! Pois claro que não! Parece que afinal a criança tem um pai!! Pois é!! E este (quem diria) também quer ter voto na matéria!
Ah mas ele vai ceder às minhas sugestões, de certeza, são nomes tão bonitos! Ele vai gostar, tenho a certeza!
Pensei eu na minha ingenuidade! Mas não! É que sabem, eu tive a sorte de "escolher" um marido fantástico, que irá ser, sem dúvida nenhuma, um pai ainda mais fantástico, mas ao que parece o gajo tem opiniões bem formadas também e não foi cá nas minhas cantigas...
Pois bem, comecei eu: 
- Alice, tem que ser Alice, adoro Alice, é tão mágico, tão doce, tão crist...
Tão País das Maravilhas - corta ele! Arrghhh!!!!
- Dilar, diz-me ele. Era o nome da minha avozinha, e eu gostava tanto dela, é incomum e eu adoro...
O QUÊ??!! DILAR!!?? é que nem pensar!! não me leves a mal, respeito a memória da tua avó, mas para mim, dizer Dilar ou cartão é assim a mesma coisa...isso não me diz nadinha!! Nem pensar!!
- Pilar, sugere ele - Ricardo tu és arquitecto e queres uma filha chamada Pilar?! e se for menino? vai ser Cabouco?? (eu sei, eu sei.. não resisti a uma boa velha piada)
- Afonso - diz ele (ok, passamos para os meninos, isto realmente com as meninas não está fácil!)
Não, não quero nomes acabados em "o", respondo eu.
O QUÊ?? como assim? nomes acabados em "o"??
Eu explico a quem lê, eu sou Algarvia, mas assim uma Algarvia de gema, de Lagos, e como tal, não pronuncio a letra "o" no final das palavras. Quem é Algarvio de Lagos ou arredores, sabe exactamente do que falo, quem não é pode sempre ver um dos episódios do Moce dum Cabreste onde isto é explicado, mas para vos matar a curiosidade é o seguinte: eu sei como se escreve, como se lê e como se pronuncia correctamente, felizmente fui bem ensinadinha na escola, mas se há coisa que eu gosto e prezo é a minha origem e o meu sotaque, adoro! Dessa forma, nomes terminados em "o" ditos por mim, saem qualquer coisa assim: Afonse, Gonçale, Rodrigue, Ricarde (sim, o meu marido também não se safa).
Ele abana a cabeça e ri-se descaradamente da minha parvoíce, enquanto explico a minha teoria/dificuldade, e nomes acabados em "o" ficam excluídos, portanto, esta foi a primeira cedência da parte dele! Boa! 1-0, Susana a ganhar!!
- Guilherme, sugiro eu! Achas?? para depois chamarem Gui??!! Nem pensar!!

Isto durou algum tempo sem chegarmos a conclusão nenhuma...decidimos que se acabássemos mesmo por não deliberar nada em conjunto, que o nome do nosso filho/a seria escolhido à sorte, papelinhos para dentro do saco, duas sugestões de menina, duas de menino de cada um de nós, e o que saísse, seria a escolha!! 
A sério? chegamos a isto!! pensei eu, enquanto continuamos a rir da nossa tolice!

Mães e Pais que têm filhos com os nomes acima mencionados, as minhas desculpas, mas como se pode ver, um de nós gostava, o outro não, por isso só estava perdido a 50%. De qualquer forma, como diz uma amiga minha "se gostássemos todos do mesmo, coitadinho do amarelo"!

Beijinhos!!





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Amar-te. É sentir saudades tuas todos os segundos, mesmo que estejas a meu lado. É ser irracional e querer cuidar-te sempre. Para sempre. Co...